terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Realidade?


Respiração ofegante, suor e calor. Só escutava o som do ventilador naquela noite, deitei no sofá e liguei a TV. Adormeci.
Estava em algum lugar desconhecido, não via ninguém perto.  Gritei, chamei os nomes dos meus amigos, mas não obtive nenhuma resposta. Estranho, jurava que estava em casa. Sentei na grama, no alto do morro e comecei a chorar, de repente senti uma mão em meu ombro, olhei para trás assustada.
– O que VOCÊ faz aqui? – Perguntei
– Ouvi você gritando e resolvi saber o que você queria. – Ele me disse.
– Isso não te interessa ok? Deixe-me em paz, já te pedi isso antes. – Falei,
– Mas você realmente quer ficar sozinha nesse local? Se quiser tudo bem, eu saio. – Ele falou com um sorriso no rosto.
– Saia de perto de mim! – Gritei.
Comecei a correr, desci o morro desesperadamente. Eu sabia que não podia ficar junto dele, não mais. Tropecei e cai. Desmaiei.
Abri os olhos, era noite e estava numa floresta. Senti-me num filme de terror, as árvores me assustavam, o chão estava coberto de folhas mortas. Olhei para minhas mãos e elas estavam cortadas, mas não sangravam. Tentei me levantar, limpei minha roupa e caminhei em direção a uma pequena luz que avistava. Aproximando-me cada vez mais, vi uma casinha. Ela era velha, parecia que ia cair aos pedaços.
– Oi? Alguém? – Gritava sem parar.
– Olá de novo. – Ele falou, abrindo a porta com cara de sono.
– Não, de novo não. Por que está me perseguindo? Já disse que estava tudo acabado lembra? Ou será que não entendeu ainda? – Falei com um tom de raiva.
– Eu não posso te deixar partir, será que não percebe? Você disse que seria pra sempre minha, eu estou aqui para te cobrar. – Respondeu, tirando algo do bolso.
– Olha, o que a gente tinha já acabou. Quero seguir minha vida – Dei dois passos para trás.
Som de tiro e dor no peito. Sangue por todo meu vestido.
– Por quê? Por quê? – Falei sem forças, cai e apaguei.
Abri os olhos. Era dia e eu estava na minha casa. Ainda bem que tudo não passou de um sonho. Meu celular começou a tocar, era uma mensagem nova.
“Sonhos podem se tornar realidade” - A.

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